sábado, 4 de agosto de 2018

PETROBRAS TEM LUCRO DE R$ 10 BILHÕES NO 2º TRI, MELHOR RESULTADO DESDE 2011





A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 10,072 bilhões no 2º trimestre de 2018, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (3). O resultado representa uma alta de 45% na comparação com o 1º trimestre, quando o lucro foi de R$ 6,961 bilhões, e é quase 32 vezes maior que o observado no 2º trimestre de 2017 (R$ 316 milhões).
Trata-se do melhor resultado trimestral nominal (sem ajuste de inflação) desde o 2º trimestre de 2011 (R$ 10,942 bilhões), segundo dados da Economatica.
No acumulado do 1º semestre, a Petrobras tem lucro de R$ 17,033 bilhões, uma alta de 257% na comparação com o mesmo período do ano anterior e o melhor resultado semestral desde 2011.
Analistas consultados pelo jornal "Valor Econômico" projetavam um lucro de R$ 6,5 bilhões.
O resultado do 2º trimestre foi favorecido pelo aumento das receitas com venda de combustíveis no mercado interno, ganho de participação no mercado de derivados no Brasil e pelos crescentes preços do petróleo no período entre abril e junho, que chegaram a romper a barreira dos US$ 80.
O faturamento da companhia alcançou R$ 84,39 bilhões no 2º trimestre, alta de 13% na comparação anual.
Resultados da Petrobras
Lucros e prejuízos nos últimos trimestres, em R$ bilhões
Ao comentar os resultados, o presidente da Petrobras Ivan Monteiro disse que a companhia continua numa "trajetória consistente de recuperação".
"Todas as variáveis influenciam, mas de um modo geral a Petrobras se beneficia do aumento do preço do barril do petróleo", disse o executivo, que assumiu a presidência da Petrobras em junho, após a renúncia de Pedro Parente.

Endividamento e venda de ativos

Em relação ao fim de 2017, a dívida líquida da Petrobras aumentou em R$ 4 bilhões, saltando de R$ 280,75 bilhões em dezembro para R$ 284,02 bilhões em junho. Em dólar, porém, o endividamento caiu 13% na mesma comparação, passando de US$ 84,87 bilhões para US$ 73,66 bilhões.
O endividamento líquido é resultado de todas as dívidas da empresa, menos o dinheiro que ela possui em caixa.
No semestre, segundo a estatal, a entrada de caixa com venda de ativos de US$ 5 bilhões. Para reduzir o nível de alavancagem, a Petrobras persegue uma meta US$ 21 bilhões em desinvestimentos no biênio de 2017 e 2018.
"Estamos aproveitando para fazer a rolagem e o alongamento da dívida , passando de 8,6 para 9,1 anos, com mínimo impacto de financiamento e redução ligeira do nível de alavancagem", disse o diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Rafael Rafael Grisolina, houve uma redução importante da dívida.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado aumentou cerca de 57% ante o segundo trimestre do ano passado, para R$ 30,07 bilhões.
No balanço, a Petrobras destacou que a dívida líquida passou a corresponder a 3,23 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado), comparado a 3,67 no fim de 2017. "Com isso, a Petrobras mantém o compromisso de chegar ao fim deste ano na meta de 2,5", afirmou.
A Petrobras elevou de R$ 14,9 bilhões para 21,6 bilhões a provisão para perdas com eventual condenação em ação trabalhista coletiva. Com isso, a previsão para o total de perdas potenciais com processos trabalhistas subiu de R$ 23,8 bilhões para R$ 30,5 bilhões.
Em junho, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu em favor dos trabalhadores que a empresa não poderia incluir no cálculo da base salarial adiconais como horas extras, trabalho noturno e periculosidade. A mudança custaria R$ 15 bilhões à estatal. A petroleira recorreu no Supremo Tribunal Federal (STF) e conseguiu a suspensão da condenação.
"A companhia aguarda a publicação do acórdão para definir as novas medidas cabíveis e entende que a decisão do TST e a suspensão obtida no STF não alteram a análise de fundamentos da causa", diz a empresa em nota explicativa anexa ao balanço.

Fonte: "G-1"

Nenhum comentário:

Postagem em destaque

CONTINUA INTERNADO EM MINAS FILHO DO EMPRESARIO WENDEL DA PERFIL