segunda-feira, 13 de junho de 2016

Assaltantes e incendiários são presos pela polícia em Euclides da Cunha

EUCLIDES DA CUNHA

Assaltantes e incendiários são presos pela polícia em Euclides da Cunha

incendiario-acusado_01Na última quinta-feira (09), agentes investigadores do Serviço de Investigação da 25ª Coorpin/Euclides da Cunha prenderam José Élton Barbosa de Jesus (24), vulgo “Pequeno”, e Alexsandro dos Santos Barbalho (19), vulgo “Negão”, ambos moradores do povoado de Murity, meio rural de Euclides da Cunha, distante cerca de 34km da sede municipal.
Pequeno e Negão tocavam terror no povoado e em outras localidades da região, praticando furto contra residência, assalto, agressão física e até um assassinato à facada praticado contra uma idosa e viúva conhecida como Elizabete, aposentada do INSS, crime de latrocínio que moradores do lugar creditam a Negão, a autoria, quando ainda era menor de 16 anos, além de ter invadido uma residência de outra senhora conhecida como Maria de Aristides e praticado contra ela uma agressão física seguida de furto.
A dupla vinha sendo investigada pelos agentes do S.I., depois que uma motocicleta fora tomada em um assalto por um grupo de três pessoas, na região de Serra Vermelha e um desses elementos teria sido reconhecido pela vítima, que registrou um boletim de ocorrência, que resultou na detenção da dupla, no dia 1º de junho, quando um deles confessou o roubo, porém, como não cabia flagrante, de acordo com a lei, foram ouvidos e liberados para responder em liberdade.
A motocicleta, que já havia passado por modificações no tanque e nos para-lamas, com revestimento de adesivo na cor roxa para disfarçar e dificultar a sua identificação, foi recuperada e entregue de volta ao seu dono, vítima de roubo, pois na ação criminosa uma arma de fogo (revólver) fora utilizado para inibir a vítima e obriga-la a entregar o motociclo, além de usarem de violência física.
incendiario-acusado_02Recentemente os criminosos atearam fogo em uma casa residencial de propriedade do Sr. Manoel de Jesus, um trabalhador rural aposentado, que havia deixado a casa por volta das 18h30 do último dia 07 de junho, para ir visitar uma sobrinha que também reside no povoado de Murity.
Em seu depoimento ao delegado Paulo Jason de Melo Falcão – titular da 1ª DT/Euclides da Cunha, a vítima contou que quando estava a caminho da casa da sobrinha parou em um bar para conversar com uns amigos, quando fora avisado que a sua residência estava pegando fogo e imediatamente se dirigiu para o local do sinistro, onde amigos e vizinhos tentavam debelar as chamas com baldes de água, areia, etc.
O fogo destruiu um guarda-roupa, cama, colchão, refrigerador e todo o telhado do imóvel. Na mesma noite, dirigiu-se ao Complexo Policial Civil de Euclides da Cunha, onde registrou um boletim de ocorrência e pediu providência. No dia seguinte, uma equipe do S.I. juntamente com peritos do DPT-Departamento de Polícia Técnica, foi enviada ao povoado para apuração do caso.
Os peritos descobriram que a porta da frente do imóvel havia sido arrombada e que o botijão de gás se encontrava com o registro e a mangueira arrancados e a porta dos fundos aberta. Uma carteira porta-cédulas e um isqueiro também haviam desaparecidos, elementos que reforçaram tratar-se de incêndio criminoso pelos peritos.
DESCOBERTO PELAS PEGADAS GRANDES: quando as equipes finalizavam os trabalhos periciais, chegou a informação que Negão e Pequeno se encontravam em um bar próximo da casa incendiada, onde bebiam, fumavam e ouviam música. Até aí, nada poderia incriminá-los, se não fosse o rastreamento das pegadas de um dos elementos que haviam tocado fogo no imóvel do aposentado, feito por um sobrinho da vítima.
Usando um método bastante conhecido dos sertanejos, principalmente os vaqueiros, as volantes policiais do tempo de Lampião e o próprio rei do cangaço, para encontrar animais perdidos na mata, caçadores atrás da presa, polícia e Lampião, um sobrinho da vítima descobriu umas pegadas grandes de sandália que se iniciavam a partir da porta dos fundos e terminava na casa de Alexsandro dos Santos Barbalho, o Negão. Essas informações foram juntadas a outras obtidas pela equipe de investigação e os agentes se dirigiram para o bar onde a dupla Negão e Pequeno farreavam.
Uma revista foi feita em Negão e, com ele, foram encontrados o isqueiro e a carteira porta-cédula do aposentado. A voz de prisão foi dada e a dupla conduzida para a 1ª DT. A princípio, Pequeno negou ter participado no incêndio criminoso e acusou Negão de ter entrado no quarto da vítima à caça de dinheiro.
Mas, depois, assumiu que ele e Negão teriam cometido o crime e que Negão, revoltado por não ter encontrado o dinheiro que imaginara o aposentado ter guardado em casa, arrancara a mangueira e o registro do botijão de gás e, com o isqueiro encontrado junto à carteira porta-cédula do aposentado, que só tinha algumas moedas, ateou fogo em um saco de aniagem que se encontrava no quarto cheio de roupas, dando início ao incêndio.
Aos ser interrogado, Negão tentou negar a participação no crime, mas não resistiu e confirmou, depois que a autoridade policial apresentou detalhes obtidos junto ao parceiro Pequeno, que havia revelado toda a trama para praticar o furto na casa de Manoel de Jesus.
Segundo o Pequeno, “Negão lhe convidara para fazer uma fita (roubar), mas respondi que não; que haviam saído de uma “fria” por causa do roubo da moto, não tinha nem uma semana, e que haviam prometido ao delegado que deixariam essa vida de roubar…, mas Negão resistiu e disse que iriam de qualquer jeito…”.
Após terem sido interrogados, a dupla foi enquadrada nos seguintes artigos: 155§4, I e IV e artigo 155 do CPB. As penas variam, respectivamente entre dois a oito anos de prisão e três a seis anos de prisão.
*As informações são de José Dilson/Euclidesdacunha.com (Fotos: Polícia Civil)

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