sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Mortes em Ondina: médica acusada diz que quer se matar

Após a confirmação, através de laudo pericial feito pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT), de que a saúde da médica Kátia Vargas, acusada de matar os irmãos Emanuel e Emanuela, está estável, ela deverá ser encaminhada ao Conjunto Penal Feminino ainda nesta quinta-feira (17). Na coletiva de imprensa realizada na sede do MP nesta quarta-feira (16), os promotores Nivaldo Aquino e Davi Gallo foram taxativos: Kátia está completamente normal, sem problemas físicos.

O resultado do laudo foi divulgado na tarde de hoje e de acordo com Aquino aponta que não há nenhuma lesão física na médica, apenas algumas psicológicas. Dentre elas está a intenção verbal de cometer suicídio. Apesar disso, o laudo não atesta nenhuma deficiência psicológica que comprove algum transtorno mental que a leve ao fato.

Ainda de acordo com os promotores, este dado não inibe que a acusada seja levada ao condicionamento prisional, já que não há comprovação técnica no laudo. “A qualquer momento ela será custodiada efetivamente e partir daí será ouvida, se quiser se manifestar”, acrescentou Aquino.

Ainda de acordo com o laudo pericial, Kátia não possui dificuldades físicas e não há impedimento de ser recolhida à cela comum. Porém, por ter nível superior pode receber o privilégio de não dividir a cela com outros presos. “Mas ela está apta a receber todas as sanções que a lei impor”, explica o advogado da família das vítimas, Daniel Keller.

Os promotores ainda ressaltaram que o caso não será considerado acidente de trânsito e sim uma tentativa de homicídio.

Kátia será indiciada por prática de homicídio com três vertentes qualificadores: motivo torpe, resultado de uma vingança; por perigo comum, criado para as pessoas que transitavam pelo local; e pela notória falta de defesa das vítimas. A pena pode ser de 24 a 60 anos, devido ao duplo homicídio.

Internação

Ainda custodiada no Hospital Aliança desde o dia do acidente, Kátia deverá deixar a unidade nesta quinta-feira (17). A reportagem do Bocão News acompanhou o advogado de defesa, Vivaldo Amaral, em frente ao hospital, mas o representante da acusada não quis falar com a imprensa. 

Ainda de acordo com a promotoria do MP, a direção do Hospital Aliança deverá prestar depoimentos pela acusação de favorecimento da acusada e terá que dar maiores explicações sobre a permanência da médica, já que a mesma não necessitava de maiores cuidados médicos.

Assim como a unidade médica, a direção do SAMU também terá que explicar o motivo de encaminhamento da médica para um hospital particular, já deveria ser feito para uma unidade pública, como o Hospital Geral do Estado.
 
Bocão News

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