sábado, 1 de abril de 2017

José Mayer nega acusação de assédio a figurinista da TV Globo

José Mayer nega acusação de assédio a figurinista da TV Globo

Uma figurinista da TV Globo acusou o ator José Mayer de assédio sexual dentro de um camarim da emissora. A acusação foi feita por meio do blog #AgoraÉqueSãoElas, hospedado no site da Folha de S. Paulo, em uma publicação na madrugada desta sexta-feira (31). No texto, Susllem Tonani, de 28 anos, relatou que, em fevereiro deste ano, o ator chegou a colocar a mão esquerda em sua genitália, "na presença de outras mulheres". Ainda de manhã, o site do jornal retirou o texto do ar, sob a justificativa de que publicar uma acusação sem ouvir os argumentos da outra parte fere os princípios editoriais do veículo. Mais tarde, em contato com o ator, Mayer respondeu que respeita muito as mulheres, assim como respeita seus companheiros e seu local de trabalho. "As palavras e atitudes que me atribuíram são próprias do machismo e da misoginia do personagem Tião Bezerra [papel que ele interpreta na atual novela das 21h, A Lei do Amor], não são minhas! Nesses 49 anos trabalhando como ator sempre busquei e encontrei respeito e confiança em todos que trabalham comigo", respondeu o ator global à Folha. Já a emissora divulgou uma nota, em que aponta que não comenta assuntos internos e "repudia toda e qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito". A Globo ressaltou ainda que "todas as questões são apuradas com rigor, ouvidos todos os envolvidos, em busca da verdade". Susllem, por outro lado, pontuou que há oito meses recebia cantadas do ator, que segundo ela, protagonizou a primeira novela em que ela trabalhou como figurinista assistente. "Trabalhando de segunda a sábado, lidar com José Mayer era rotineiro. E com ele vinham seus 'elogios'. Do 'como você se veste bem', logo eu estava ouvindo: 'como a sua cintura é fina', 'fico olhando a sua bundinha e imaginando seu peitinho', 'você nunca vai dar para mim?'". A figurinista conta que por diversas vezes tentou afastá-lo e até ameaçou ir ao departamento de Relações Humanas da empresa, mas nada surtia efeito. Após um outro episódio, quando ele a chamou de "vaca" porque ela se recusava a se relacionar com ele, Susllem conta que procurou o RH, a ouvidoria e o "departamento que cuida dos atores". "Contei que tudo escalou e eu não conseguia encontrar mais motivos, forças para estar ali. A empresa reconheceu a gravidade do acontecimento e prometeu tomar as medidas necessárias", relatou. A mulher admitiu ainda se sentir culpada por não ter denunciado o caso antes para os órgãos competentes. "Sinto no peito uma culpa imensa por não ter tomado medidas sérias e árduas antes, sinto um arrependimento violento por ter me calado, me odeio por todas às vezes em que, constrangida, lidei com o assédio com um sorriso amarelo. E, principalmente, me sinto oprimida por não ter gritado só porque estava em meu local de trabalho", afirmou. BN

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