sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Técnicos analisam situação da barragem de rejeitos da Yamana Gold em Jacobina



O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, deputado estadual Marcelino Galo (PT), acompanhado do ex-deputado Federal Amauri Teixeira, visitou nesta quinta-feira (18) a barragem de rejeitos da Yamana Gold, depois de denuncias das comunidades, que temiam que a mineradora operasse em situação irregular, com capacidade insuficiente. A fiscalização foi realizada por uma equipe técnica composta pelo Inspetor Regional do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA), um geólogo da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, Gilson Barreto, engenheiro do CREA em Jacobina, representantes do órgão e do Sindicato dos Engenheiros da Bahia.

"Essa é uma fiscalização preventiva. Estamos, inclusive, encaminhando uma indicação com um projeto de lei ao governador Rui Costa no sentido de que seja estabelecido um plano de segurança de Barragens no estado que possibilite a fiscalização e que tenhamos um sistema de informação para que a sociedade compreenda como está a condição estrutural de todas essas barragens, sejam elas de rejeitos, industrial, mineral, ou barragem para geração de energia", afirma Galo, ao se referir a indicação ao Governo do Estado e a minuta de Projeto de Lei em que propõe a criação da Política Estadual de Segurança de Barragens e do Sistema Estadual de Informações sobre Segurança de Barragens. 

Para o geólogo e consultor de meio ambiente do CREA, Rossini Barreto, não há possibilidade de acontecer em Jacobina o que ocorreu em Mariana. "Essa barragem é completamente diferente da de Mariana. Na Yamana Gold eles mantém um equilíbrio entre o volume de material que é depositado na barragem, além de haver uma separação do material fino e do mais grosso e o crescimento dessa parte grossa é sempre à jusante, diferente de Mariana que é feito à montante. Eles obedecem rigorosamente a portaria n. 406, que é a mais recente," avalia o técnico, que também acompanhou a visita. 

"Nosso objetivo foi conhecer e dialogar com a empresa no sentido preventivo. É importante tranquilizar a comunidade, pois a situação daqui não tem nada a ver com o que aconteceu em Mariana, mesmo porque a topografia é bem diferente. Vamos dialogar agora com o Ministério Público, Secretaria de Meio Ambiente e de Infraestrutura Hídrica para formarmos um plano de segurança para o estado", ressaltou Galo.
Fotos e texto Keila Ramos

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