sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Polícia prende traficantes na região de Euclides da Cunha

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guarnição formada por policiais militares da 5ª Cia de Polícia de Canudos e do 1º Pelotão de Polícia do distrito de Bendegó (5º BPM/Euclides da Cunha), prenderam três jovens maiores de 18 anos e apreenderam a menor VMOL, de 15 anos de idade, que fazia parte do grupo preso pela ‘Operação Varredura’ deflagrada na área de Canudos e Bendegó, na noite desta quarta-feira (14).
As prisões aconteceram por volta das 23h, em Bendegó, depois que a guarnição desconfiou de um veículo GM Vectra que trafegava sem placa policial. Na abordagem seguida de minuciosa revista ao veículo, os policiais encontraram uma mochila com seis pacotes de maconha e debaixo do banco do passageiro mais um pacote da erva foi localizado.
Imediatamente foi dado voz de prisão e os acusados conduzidos para a sede do pelotão e posteriormente transferidos para a delegacia de polícia da 25ª Coorpin, onde foram apresentados ao Bel. Paulo Jason de Melo Falcão, delegado titular de plantão, que adotou as providências iniciais cabíveis.
presos-acusados_01Na manhã de ontem(15), V.M.O.L, que disse ter 15 anos de idade, mas não portava documentos pessoais, foi ouvida pela autoridade policial, que comunicou o fato ao Conselho Tutelar, que compareceu e seus representantes assistiram ao interrogatório. V.M.O.L negou envolvimento com o tráfico e disse que residia na cidade de Alagoa Grande-PE, que estaria na companhia dos jovens na condição de “quase sequestrada”, versão que foi contraditada por Ednalvo dos Santos Gonçalves, também conhecido como “Gordinho”, que disse que a menor, que havia conhecido acerca de dois meses, quando tomava banho de piscina, em Canudos, com os parceiros Marisvam de Carvalho e Bruno Jesus Santos, presos na operação.
Gordinho disse que tem mulher, que não teve nenhum tipo de relação afetiva e que a menor o pediu para leva-la para Canudos, onde pretendia abrir um salão de beleza, além de negar a participação da menor nos negócios do tráfico, esta, por sua vez, após ser ouvida foi entregue aos representantes do Conselho Tutelar, já que de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, não pode ficar apreendida.
Gordinho, que aparece na fotografia vestindo uma camisa grafite e usando um cordão do tipo “batidão”, demonstrava grande nervosismo, também confessou que em 2013 já havia sido preso em Belém do São Francisco-PE, onde nasceu e tem familiares, foi conduzido para o presídio de Paulo Afonso-BA, onde permaneceu por quase um ano, até ser colocado em liberdade, depois que ficou provado, segundo ele, que o motivo de sua prisão – participação em assalto a banco – não foi provado.
Como sempre acontece quando um traficante é preso, seja ele menor ou maior de idade, a resistência em revelar o nome do fornecedor é muito grande, quase impossível. Neste caso, o acusado disse ter adquirido o entorpecente de um caminhoneiro que se encontrava em um posto de combustíveis na localidade do Ibó, distrito de Abaré-BA. Segundo um policial experiente, tornou-se praxe entre traficantes, acusar profissionais do volante, em especial estradeiros, de comercializar drogas.
Nesses depoimentos, o contraditório é perceptível, pois Gordinho disse que dias antes teria viajado ao Ibó, quando teria deixado um veículo WV Santana em uma oficina para consertar. Este automóvel teria sido adquirido em Canudos, pelo qual pagou R$ 7 mil, deu como entrada R$ 4.500 restando 2.500 a serem pagos com a venda do entorpecente. Inicialmente disse que era a primeira vez que traficava, mas ao ser contestado, revelou que se tratava da segunda vez.
É uma quantia razoável para quem, segundo ele, trabalhava de vaqueiro em uma fazenda de Canudos e há dez dias havia deixado o emprego e estava trabalhando como carregador de caminhões que fazem o transporte de banana e tomate do perímetro irrigado do DNOCS, que há dois meses havia se mudado de Lagoa Grande-PE, para Canudos, onde estivera pela primeira vez, em junho de 2015.

O veículo GM Vectra usado pelo grupo, que se encontra apreendido, segundo depoimento de Bruno Jesus Santos, que aparece na foto vestindo uma camisa de malha branca – também preso acusado de estar envolvido com o tráfico- havia sido emprestado pelo dono de uma oficina em Canudos, onde se encontrava para conserto de funilaria. Bruno também alegou que é usuário de maconha, mas que estava no carro como carona que, coincidentemente, se encontrava no Ibó, para onde havia viajado, na tentativa de conseguir emprego em uma oficina mecânica, porém, não deu certo e resolveu voltar para Canudos. “Não tenho nada com isso, a erva é toda de Vanzinho ou Gordinho. Ele que assuma a responsabilidade pelo bagulho dele”, reclamava.
Depois de ouvidos pela autoridade policial, os acusados foram encaminhados ao xadrez da carceragem do Complexo Policial Civil de Euclides da Cunha, onde permanecerão custodiados à disposição da Justiça Criminal. O entorpecente foi encaminhado para análise no DPT-Departamento de Polícia Técnica, que pesou e analisou cada pacote e emitiu laudo confirmando ser erva cannabis sativa (maconha), o produto apreendido que totalizara 6,5kg.
As informações e fotos são do Euclidesdacunha.com

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