quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Será que os negros na Bahia só servem para tocar tambor, questiona Bacelar

A matéria da CNN que coloca Salvador – uma das cidades sede da Copa do Mundo de 2014 – como a capital de assassinato repercutiu na Assembleia Legislativa da Bahia. O deputado João Carlos Bacelar, ex-secretário de Educação da capital baiana, não poupou o governo do Estado, sobretudo a Secretária de Reparação, que, segundo ele, "não tem reparado nada". Isso porque, os negros continuam protagonizando os homicídios. Em 2012, 300 jovens brancos foram assinados. Na outra ponta, 4500 jovens negros forma mortos.
 

“Será que os negros na Bahia só servem para tocar tambor?”, questiona Bacelar em tom de crítica para um plenário cheio, já que hoje deve ser votado o Orçamento para o próximo ano. O deputado fala que, embora o número de assassinatos tenha estabilizado no Brasil, o alvo é sempre o mesmo. São jovens, entre 14 e 25 anos, negros e do sexo masculino.
 

Pegando carona na matéria da CNN, Bacelar trouxe para a discussão uma das grandes polêmicas envolvendo a atuação da polícia e a juventude negra: o auto de resistência.  Tramita na Câmara federal projeto de Lei que altera o código de Processo Penal e prevê a investigação das mortes e lesões corporais cometidas por policiais durante trabalho. Atualmente, estes casos são registrados pela polícia como autos de resistência e não são investigadas. Ainda não há previsão de quando a matéria será votada.
 

 

O deputado lembra que em 2012 quando os professores ficaram em greve por 120 dias, 12 adolescente que estudavam na Escola Deputado Luiz Eduardo Magalhães, no bairro de Tancredo Neves, foram assassinados. “Essa tragédia que a CNN mostra é ainda maior quando olhamos para o caos do ensino médico patrocinado pelo governo do Estado. As escolas de 2º grau não funcionam, não têm professor, aulas, com isso o filho do trabalhador não tem educação adequada, que prenda o jovem na escola”, ressaltou.


Apesar das críticas voltadas à ineficiência da Secretariai de Reparação do Estado, Bacelar, que foi secretário de Educação de Salvador até meados do ano, esqueceu de direcionar as criticas também a falta de verba para pasta da Reparação no município.


Para o próximo ano, do orçamento de R$6,4 bilhões da Prefeitura, pouco mais de R$ 4 milhões são destinados a Secretaria da Reparação (Semur).

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