domingo, 8 de dezembro de 2013

Exclusivo: prefeito de Lajedinho fala sobre a tragédia, mortes e reconstrução

A cidade de Lajedinho está em luto. Localizada a 350km da capital baiana e com pouco mais de 4.500 habitantes, o pequeno município ficou completamente destruído após um temporal devastar plantações, inundar casas e matar nove pessoas. Número que, segundo o Corpo de Bombeiros, pode subir ainda mais. Em um relato emocionado, o prefeito de Lajedinho, Antônio Mário Lima Silva, contou ao Bocão News que também ficou desabrigadao com a chuva. "Minha casa foi alagada. Destruiu completamente. Não tem condições de retorno", afirmou, dizendo que por duas vezes uma forte chuva como esta já havia atingido a cidade, "mas a proporção da destruição foi menor. Ontem foi terrível. Parecia que tinha estourado uma barragem e a água invadiu toda a cidade", contou.
 
De acordo com o prefeito, 70% da cidade ficou destruída, "não restando quase nada. Foi tudo. Infraestrutura, pavimentação. Estamos fazendo um levantamento ainda, mas já se acredita que 150 residências tenham sido destruídas", estimou. 

 

Prefeito de Lajedinho,  Antônio Mário Lima Silva
A perda
 
Quando o assunto foram as nove vítimas já contabilizadas, Antônio Mário Lima, emocionado, disse que a afilhada morreu nesta tragédia. "Quando a água invadiu minha casa deu tempo de minha família sair. Estão todos bem, graças a Deus. Mas, outras foram atingidas e ela (referindo-se à afilhada) não sobreviveu. Pessoas muito próximas estão entre as vítimas. A cidade é pequena. Todos se conhecem. A perda é irreparável", lamentou.
 
Calamidade pública
 
De acordo com o gestor, nesta segunda-feira (9), será decretado situação de calamidade pública no município. "Vamos acionar os Governo Federal, Estadual. Hoje o governador me ligou e foi muito solidário. Disse que vai me ajudar a reconstruir a cidade. Estamos fazendo todo o levantamento desta destruição e buscaremos recursos para isso", ressaltou. 
 
Porém, o prefeito garantiu que as casas não serão construídas nos mesmos lugares. "Não queremos mais nos locais onde as pessoas foram atingidas. Vamos procurar um lugar mais seguro e mais alto", comprometeu-se.
 
Mas, diante da lama, da água, do rio que invadiu as casas e "levou pessoas da mesma família. Tio, sobrinho, mãe e pai", inconsolável, o prefeito, que não tem para onde ir, pediu fé e força à população. "Eu, neste momento, quero dizer a população que devemos ter fé e coragem para que em um curto espaço de tempo possamos reconstruir este estrago. Mas, é preciso ter força. Não é fácil. Está tudo destruído...está terrível e dolorido", finalizou, inconsolável.


 

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