quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Paulo Souto dispara contra Jaques Wagner: "quer poder absoluto"






O ex-govenador Paulo Souto (DEM) usou o seu perfil no Facebook na última quarta-feira (21), para criticar, apesar de não citar nomes, o governador Jaques Wagner que lamentou a desistência das construtoras baianas OAS e Odebrecht da disputa pelo metrô. “Se já não bastasse isso tudo, julgam-se agora com o direito de decidir pelas empresas. Determinar se devem ou não participar de certames promovidos pelo Poder Público, tentando estigmatizar aquelas que decidem contra a vontade do príncipe. Ou seja, é querer o Poder Absoluto. Sem quaisquer limites. Isso tem um nome e é muito perigoso. (sic)”, disse o demista.

Ontem em coletiva Wagner anunciou a aprovação da proposta econômica da Companhia de Participações em Concessões (CPC) de R$ 127,6 milhões por ano como contrapartida para o Estado para a implantação do Sistema Metroviário Salvador e Lauro de Freitas. A CPC é controlada pelo grupo Companhia de Concessão Rodoviária (CCR), formado pelas construtoras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Soares Penido. As duas primeiras integram, junto com a Siemens, o consórcio Metrosal, responsável pela construção da Linha 1 do metrô soteropolitano desde 1999. As obras, que já consumiram R$ 1 bilhão, para apenas 6 quilômetros de linha (dos 13 quilômetros previstos originalmente) e ainda não foram concluídas.


O leilão, realizado na sede da BM&F Bovespa, em São Paulo, fixou o deságio de 5,05% em relação ao teto estabelecido no edital (R$ 136 milhões). Segundo a Casa Civil, o subsídio do Estado contribui para a diminuição da tarifa do metrô.
Anunciada durante sessão pública, a proposta concretiza mais uma etapa da licitação do novo metrô, que, em abril deste ano, passou para a responsabilidade do Governo da Bahia. Representando o governo, acompanharam a sessão os secretários Rui Costa (Casa Civil) e Cícero Monteiro (Desenvolvimento Urbano).

Segundo o edital da licitação, feito na modalidade Parceria Público-Privada (PPP), o investimento para a conclusão da Linha 1 e a construção da Linha 2 - que deve ligar o centro de Salvador às proximidades do aeroporto internacional, em Lauro de Freitas, na região metropolitana, deve contar com investimentos de R$ 3,68 bilhões.
 
O governo federal entraria com R$ 1,28 bilhão, o governo estadual com R$ 1 bilhão e o restante ficaria sob responsabilidade do consórcio vencedor. A operação do sistema seria do consórcio por 30 anos, com aporte financeiro do Estado de R$ 143 milhões anuais - para subsidiar o valor da tarifa e garantir 8% de retorno anual do investimento ao grupo.

Os dois primeiros trechos a serem entregues são: Lapa a Retiro, em junho de 2014, e Lapa a Pirajá, em dezembro do mesmo ano. O investimento da PPP é de R$3,6 bilhões. O metrô de Salvador terá 22 estações, num traçado dividido em duas linhas: Linha 1 (17,6 km), chegando até Águas Claras / Cajazeiras, e Linha 2 (24,2km). São 30 anos de concessão, três anos de obras e 27 de operação.

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