sábado, 16 de julho de 2016

CRIADORES DE CAPRINOS E OVINOS DOS DISTRITOS DE MASSAROCA E JUREMAL EM JUAZEIRO INVESTEM NO MELHORAMENTO DE SEUS REBANHOS


A criação de caprinos e ovinos é a principal fonte de renda de quem mora na área rural de Massaroca e Juremal, distritos do município de Juazeiro-BA. Na fazenda Cascalho, que fica em Massaroca, o produtor rural Jair Nunes da Silva, cria cerca de 200 cabeças de cabras e ovelhas e é delas que ele tira o sustento da família e ainda dar suporte na compra de insumos para a plantação de tomate e feijão. O plantio é irrigado com a água que o produtor tira de um poço artesiano, que também serve para o consumo dos animais. Agora, seu Jair está investindo no melhoramento do manejo do rebanho e no gerenciamento da produção.
Seu Jair Nunes é atendido pelo o Agente de Desenvolvimento Rural Sustentável (ADRS) do Programa Bioma Caatinga, Antoninho Júnior. O ADRS está fazendo o levantamento das necessidades da propriedade e do criatório do produtor rural para que ele possa ter maior lucro com a produção de caprinos e ovinos. Seu Jair já adquiriu um carneiro de melhor genética para ser usado como reprodutor e agora está planejando fazer forragens para melhorar a alimentação dos animais durante a seca. “Com orientação, a gente adquire mais conhecimento e é isso que eu preciso para melhorar minha produção. Tem coisa que a gente não sabe e o técnico do Programa passa pra gente e assim nós vamos fazendo o que não fazia antes dele vir aqui”, enfatizou o produtor.
Outro que pretende melhorar o manejo da sua criação para aumentar o lucro, é o produtor rural Aderaldo Gonçalves Morgado, dono da fazenda Cerquinho, também em Massaroca. Andou experimentando fazer plantio de feijão, mas por causa da pouca chuva perdeu tudo e agora pretende usar todos os 450 hectares da propriedade para plantar milho, palma e aumentar o criatório de cabras e ovelhas.
Vai usar a pouca água que tira de um poço artesiano para irrigar os plantios e dar aos animais. Aderaldo, também é motorista de caminhão e trabalha fazendo fretes, mas com as poucas viagens que tem feito, é o dinheiro da venda de caprinos e ovinos que está servindo para pagar as despesas. Recentemente, vendeu 60 animais de várias idades a preços que variaram entre R$ 70,00 a R$ 230,00 cada unidade. “Acho que vou vender esse caminhão e vou investir é nisso aqui. Bode e Carneiro dá dinheiro. É só saber criar” destacou o produtor.
Na fazenda Umburçú, distrito de Pinhões, mora o senhor Edmilson Nunes da Cunha. Lá ele cria pouco mais de trezentos animais entre caprinos e ovinos. Para ajudar na alimentação do rebanho durante a seca, plantou palma e milho. A irrigação é feita com a água de um poço artesiano. Só que a vazão é pouca, apenas 800 litros por hora. E por isso seu Edmilson está com dificuldades para adquirir novos animais, porque com a vasão que o poço tem não dar para aumentar o plantio das forrageiras para fazer a suplementação alimentar.
Com o apoio do Agente de Desenvolvimento Rural Sustentável (ADRS) do Programa Bioma Caatinga, Elson Xavier, o produtor está fazendo um diagnóstico da propriedade. Com esse levantamento, será elaborado um planejamento para ampliar a estrutura da fazenda. A ideia é buscar uma linha de crédito através do acordo firmado entre o Programa Bioma Caatinga e o Banco do Brasil. Se conseguir o recurso, Edmilson Nunes Xavier, vai perfurar outro poço artesiano e aumentar o rebanho. “Até agora trabalhei com animais para corte, mas quero vender queijos e doces feitos com o leite das minhas cabras. Vou comprar animais das raças saanen e parda alpina que são consideradas as melhores produtoras de leite”, informou empolgado o produtor rural.
O Bioma Caatinga é um programa de inclusão produtiva da caprinovinocultura do semiárido da Bahia. Surgiu de uma articulação entre o SEBRAE, Banco do Brasil, Fundação Banco do Brasil e diversos outros parceiros, com o objetivo de, por meio de uma análise detalhada da cadeia produtiva de caprinos e ovinos, investir coletivamente no desenvolvimento regional sustentável nos municípios de Juazeiro, Curaçá, Uauá, Remanso e Casa Nova. A primeira fase do programa foi desenvolvida entre Janeiro de 2012 e Janeiro de 2014, quando 1200 produtores rurais de 217 comunidades dos cinco municípios foram assistidos.
Nesta segunda fase, 1.054 produtores de 325 comunidades e 186 Micro e Pequenas Empresas estão sendo atendidas e acompanhadas por técnicos do programa durante dez meses. Os criadores são orientados a melhorar o manejo do seu rebanho, melhorar as instalações e comercializar seus produtos de forma legal e inspecionada.
Josenaldo Rodrigues – Coapseri/Bioma Caatinga

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