quinta-feira, 7 de abril de 2016

Wagner: impeachment ‘já caiu por terra’ e toma-lá-dá-cá é ‘natural’

Foto: Carol Garcia/GOVBA

Foto: Carol Garcia/GOVBA
O ministro-chefe do Gabinete da Presidência Jaques Wagner afirmou à imprensa nesta quarta-feira (6), após a cerimônia de entrega do navio Bahia, em Salvador, que o governo não cogita a hipótese de novas eleições gerais ainda este ano.
De acordo com o ex-governador baiano, a presidente Dilma Rousseff (PT) está focada agora em “ultrapassar” o processo de impeachment, que corre na Câmara dos Deputados. “Eu olho para a proposta [de novas eleições] muito mais como uma tentativa daqueles que querem uma repactuação nacional entenderem que, definitivamente, esse processo [de impeachment] já caiu por terra, porque não representa legalidade, legitimidade, nem nada. Ele, na verdade, aprofunda a crise e fragiliza a democracia brasileira”, opinou o petista, que acusa a oposição de estar “há 15 meses” em busca de algo para derrubar a atual mandatária nacional.
Ele acredita ainda que a determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, de abertura de ação semelhante contra o vice-presidente Michel Temer, comprova a “fragilidade” do pedido de impugnação. Wagner disse ter visto “com muita alegria” a decisão do PP de não discutir o rompimento com Dilma até a votação do impeachment e cutucou o PMDB, ao afirmar que a tentativa de “puxar o desembarque dos outros partidos” foi frustrada.
Segundo o ministro, o Planalto ainda mantém conversas com PR e PSD e “a tendência” é de que as siglas se mantenham na base. Em relação às críticas de que o PT investiu no “toma-lá-dá-cá” para conquistar a adesão até mesmo das legendas nanicas para se manter no poder, Jaques Wagner declarou que acha a postura de trocar cargos por apoio “absolutamente natural”.
“É assim na política de coalizão. Uma vez que você tem que repactuar, você repactua com aqueles que estão acreditando no seu governo. Você não pode repactuar com quem não acredita no seu governo. Então, eu acredito que o PP e aqueles que vão trabalhar junto conosco devem ampliar a sua participação, mas não se trata de uma coisa vinculada a outra. É uma realidade. A partir da decisão do PMDB de partir do governo, nós vamos reorganizar o governo com PT, com PCdoB, com PP, com PR, com PSD, com PRB, com todos aqueles que tiverem a decisão de continuar apoiando o governo dela”, admitiu.
O ministro preferiu não comentar a permanência de peemedebistas no Executivo, a exemplo de Hélder Barbalho, da Secretaria Nacional dos Portos, que participou do evento da Marinha.

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