sábado, 30 de janeiro de 2016

Ausência de horário regular para dormir pode levar a distúrbios de sono, alerta especialista


Para curtir o Carnaval ao máximo, muitos foliões acabam trocando a noite pelo dia e se privando de importantes horas de sono. De acordo com a pneumologista e coordenadora do Laboratório do Sono do Hospital São Rafael, Andrea Barral, o importante é não tornar esse tipo de prática um hábito. "Quando não há um horário regular para iniciar ou terminar o sono, há uma maior propensão ao desenvolvimento de distúrbios como insônia", alertou em entrevista ao Bahia Notícias. "A gente sabe que sono perdido não se recupera, mas por causa das festas as pessoas acabam trocando o dia pela noite. O sono do dia nunca é igual ao da noite, tem interrupções, tem barulho. O importante é que, dentro do possível, a pessoa consiga dormir, nem que seja no horário invertido, por um período de sono razoável para que recupere e revigore o corpo". Como a situação é pontual, é possível driblar o sono, mas algumas condições são importantes. "É preciso encontrar um ambiente propício ao sono: escuro, silencioso, com boa temperatura, sem ruídos, confortável", recomendou Andrea. O que pode parecer uma bobagem para aqueles que costumam virar a noite em festas, representa um problema muito sério para um grande número de brasileiros. 
Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 40% da população do Brasil sofrem de distúrbios do sono, que incluem insônia, Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono, Síndrome de Pernas Inquietas, entre outros. "A privação de sono pode ser de forma parcial e crônica. Na atualidade, quando as pessoas trabalham pela manhã, tarde e noite, acaba se reduzindo o número de horas de sono de forma crônica. Isso é um tipo de privação de sono. Existe ainda a privação de qualidade do sono. A pessoa pode até estar dormindo 8h de sono, mas ela tem uma qualidade de sono ruim, relacionada a um dos distúrbios de sono", explicou a especialista. Com causas diversas, esses problemas podem causar desde sonolência diária até problemas de memória e cefaleia matinal. O importante, lembrou Andrea, é consultar um médico para diagnóstico e possível tratamento.
BN

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