quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Acusado de matar bombeiro em Itanhaém afirma que agiu por ordem do PCC

Bombeiro foi morto na noite de sábado, em Itanhaém
Acusado de ser o autor dos tiros que mataram um policial militar em Itanhaém, no último sábado (22) à noite, Claydson Macedo da Silva Júnior, o Juninho, de 21 anos, foi capturado no Macuco, em Santos. Ele admitiu informalmente que agiu em obediência a um “salve” (ordem emanada de líderes do Primeiro Comando da Capital, o PCC).
Essa informação foi prestada pelo chefe dos investigadores da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos, Paulo Carvalhal, que participou da captura de Juninho. O rapaz refugiava-se em uma casa na Rua Capitão Alberto Mendes Júnior, onde foi localizado junto com a namorada.
A real motivação do assassinato do policial José Augusto da Silva, de 48 anos, que trabalhava no Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), em Itanhaém, ainda é apurada. As investigações são realizadas por policiais da DIG do município, que já haviam identificado Juninho como suposto autor dos disparos. Condenado por tráfico de drogas, o rapaz cumpria a pena solto, beneficiado pela liberdade condicional.
José Augusto estava em frente a um mercado na Estrada Gentil Perez, no Jardim Umuarama, quando marginais ali chegaram em um Fox vermelho, produto de roubo. Um dos criminosos se aproximou do policial e logo o baleou, sem lhe dar chance de defesa. O bombeiro entrou no comércio, morrendo antes de ser socorrido.
Na tentativa de identificar e prender os marginais, dezenas de policiais militares iniciaram uma varredura pelo Umuarama e por bairros vizinhos. No domingo à tarde, diante da iminente captura, Márcio Henrique Ribeiro, o Bola, de 23 anos, se entregou na DIG de Itanhaém, sendo autuado em flagrante pela delegada Evelyn Gonzalez Gagliardi.
Na ocasião, Bola apontou Juninho como o comparsa que efetuou os tiros e disse que a intenção deles era “assaltar” um mercado. Ele ainda contou que o grupo fora antes em um outro comércio, mas desistiu de roubá-lo porque estava movimentado. Os marginais, então, se dirigiram ao estabelecimento onde estava o policial militar.
Com base nas declarações de Bola, a delegada Evelyn requereu a prisão temporária de Juninho, tendo o seu pedido acolhido pelo juiz Jamil Chaim Alves, da 2ª Vara do Fórum de Itanhaém. O magistrado determinou a custódia do acusado por 30 dias, podendo esse prazo ser prorrogado por igual período, por se tratar de crime hediondo.
Antes de vencer o prazo da temporária, a delegada Evelyn irá requerer a preventiva do acusado e espera identificar outros envolvidos na morte do policial do GBMar, bem como esclarecer a verdadeira motivação do assassinato. A DIG de Santos apenas realizou a captura de Juninho porque as investigações se concentram na especializada de Itanhaém.

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