quarta-feira, 20 de agosto de 2014

POLICIAL: MAIS UM DESCASO DE MORTE DE CRIANÇAS NO HOSPITAL DE SENHOR DO BONFIM


No início do mês de agosto, a senhora Rosemeire Batista dos Santos, 37 anos, grávida de 9 meses, disse que procurou o PSF do Bairro São Jorge, e realizou sua consulta de pré natal, e informou que estava com a pressão alta, e lá mesma foi medicada, mas que tudo estava tranquilo com sua gravidez.


Em conversa com nossa reportagem ela disse que na madrugada de sexta (01) para o sábado (02), por volta das 03h00min, foi solicitado o SAMU que fez sua condução até o Hospital D. Antônio Monteiro, e relatou ter sido mal recebida conforme segue adiante suas palavras, "eu comecei a sangrar, ainda antes da chegada do SAMU, me levaram para o hospital, eu fiquei sangrando a madrugada da sexta para o sábado, o cobertor todo cheio de sangue, e o bebê alojado no lado de minha barriga, e eu gritando de dor, a enfermeira veio na madrugada e disse que não dava para olhar o coraçãozinho do meu bebê porque não tinha bateria no aparelho, só no outro dia quando comprasse a bateria, ai ela foi dormir no canto de lá e eu fiquei do lado de cá chorando de dor, e pedindo socorro, ela falava assim, 'deita de lado pra dar oxigênio a seu filho, porque o médico só vai te atender amanhã sete horas da manhã', quando foi sete horas do outro dia chegou duas enfermeiras e falou assim, 'que absurdo, ainda não foi feita a internação dela, essa mulher tá sangrando, o médico vai chegar e vai pegar essa mulher nessa situação, vamos lavar ela', ai eu sem aguentar falei que ia esperar o médico, já esperei até agora, ai ela falou assim, 'vamos fazer esse parto, vamos pôr esse neném pra fora antes que médico chegue ele não pode lhe ver nessa situação, você não aguenta tomar banho então vamos assim  mesmo', ai foram me arrastando uma pelo braço e outra pelo o outro, quando chegou na mesa de parto uma puxava minha barriga de um lado e a outra empurrava, e tinha uma pediatra na porta e uma dizia assim, 'vamos mamãe que a pediatra está aqui ela já olha seu bebê'. Eu não aguentava mais de dor, teve uma hora que ela puxou muito minha barriga e minhas vistas escureceram, eu falei você vai me matar, ai ela falou 'então não vou tocar mais nela, você faz o parto sozinha, ai ficou naquele debate, só sei que quando o bebê nasceu, já nasceu morto, colocaram encima da minha barriga, elas mesma achavam que o bebê tava vivo, eu perguntei porque que ele não chora? Uma olhou para a outra e falou assim, 'não, mãe seu bebê já estava morto há quatro dias', eu falei quatro dias nada, porque eu tive na sexta-feira, meu bebê tava com os batimentos cardíacos batendo normal, era meia noite meu bebê mexia e eu fui dormir uma hora da madrugada tava tudo normal, então não tinha condições dele estar morto há quatro dias, depois quiseram alegar que o bebê tava morto do período da madrugada para a manhã. Mesmo se ele tivesse falecido na minha barriga e tivesse morto das  três horas da madrugada até as sete e vinte quatro, ele estaria todo roxinho, mas ele tá rosadinho?, e outra ele mexeu na sexta-feira (01), como que da sexta pro sábado ele iria morrer?."

A senhora Rosemeire, informou que em momento nenhum foi atendida por nenhum médico, depois as enfermeiras tentaram alegar que o bebê, tinha nascido com a placenta deslocada, e com o cordão no pescoço.


Ainda de acordo com desabafo da mãe, que só conseguiu pegar o atestado de óbito depois de 15 dias, e rebateu "depois de 15 dias que vim pegar o atestado, e no atestado tá o nome de um médico que eu não conheço, Dr. Vital, esse médico não me atendeu, esse médico não me atendeu, eu não vi esse médico". disse Rosemeire.

Revoltada ela contestou também que em momento nenhum não pegaram seus documentos, não observaram a documentação pra saber como estava sua gestação, não foi feito internação, somente na segunda-feira quando foi falar com o diretor Roberto, depois do ocorrido, para que isso não viesse acontecer com outras mães e outras crianças, foi que internaram ela.

Na última semana objetivando abrir um boletim de ocorrência na Delegacia Rosemeire, disse que não conseguiu registrar porque só tinha o nome do diretor do Hospital, e lá teriam lhe informado que ela não poderia registrar contra o diretor, "eu fui procurar a delegacia pra abri um boletim de ocorrência, como na hora da dor, na agonia da madrugada no hospital, eles não usam crachá aqui, então eu não ia sair peguntando o nome da enfermeira que matou meu filho naquele momento, eu fiquei em choque, ai eu fui abri o boletim de ocorrência, e não tinha nome de ninguém, médico não me atendeu, então só tinha o nome do diretor do hospital, então lá na delegacia, falaram que eu não podia abrir o boletim contra o diretor do hospital".  Sobre esse assunto nossa reportagem conversou com a Delegada Titular que nos informou que no momento em que ela procurou a delegacia, não poderia responsabilizar, de cara o diretor, mas pediu que a senhora Rosemeire retornasse à delegacia que seria aberto um inquérito para se apurar os responsáveis.

A mãe que havia chegado de São Paulo havia dois meses, com sua família, contou que o esposo trouxe todo enxoval, parte dele, do outro bebê de um ano e quatro meses, e que não mais servirão para o menininho que ela e o esposo esperaram tanto.

Em lágrimas Rosemeire finalizou, "olha eu nem sei o que dizer, eu tô sem chão, eu tô envergonhada, porque eu sou baiana, eu sou daqui, mas fui criada fora, eu voltei pra cá ia tentar uma vida aqui, mas infelizmente não dá, você não pode confiar em um posto porque não tem médico, não tem remédio, você não pode confiar nos hospitais porque não te atendem, pra te atender tem que ser na base da briga, e o mais incrível, você procurar uma delegacia que é um lugar que você pode ser acolhido, é um lugar que pode te defender e você não pode ter assistência lá, então estou indo embora, estou achando um absurdo, a cidade está uma vergonha, uma vergonha mesmo, eu estou vendendo minhas coisas que eu trouxe, e em menos de dois meses que estou aqui, até mesmo nas escolas você vai colocar uma criança na escola, não tem vaga, é escola, é hospital, são os postos, é a delegacia, tá tudo uma vergonha" em lágrimas finalizou Rosemeire.


Só para recordar, esse não foi um caso isolado, muitas mulheres já tiveram seus sonhos cessados em ser mãe, por falta de assistência digna naquela casa de saúde, Hospital D.Antônio Monteiro, e o pior que nada ainda foi feito, porque foi com mulheres que não tem famílias tradicionais, que não se destacam na sociedade, em outras palavras, não têm dinheiro, e são tratadas como uma qualquer, até mesmo nesses momentos ímpares de suas vidas que é o momento de dá a vida, de trazer ao mundo a obra prima mais perfeita, que é o ser humano. Onde está o Ministério Público desta cidade, aonde estão os senhores vereadores que com sorrisos falsos sabem ir aos bairros periféricos, em épocas de eleições, e a pergunta que um bonfinense verdadeiro preocupado com essa cidade se faz a cada dia, ONDE ESTÁ O MÉDICO QUE FOI ELEITO PREFEITO DESSE MUNICÍPIO, e que dizia que saúde era sua prioridade???


NA MANHÃ DESTA QUARTA, O BLOG RECEBEU NOTA DO HOSPITAL SOBRE O CASO

Nota de esclarecimento


Em resposta à denúncia apresentada no programa e blog do Radialista Netto Maravilha, gostaríamos de esclarecer que a paciente Rosimeire Batista dos Santos deu entrada nesta Unidade na madrugada de 01/08/14, com quadro de desorientação e trabalho de parto de feto morto. O prontuário de atendimento foi prontamente emitido e assinado pelo acompanhante (esposo) e a paciente foi acolhida por equipe multidisciplinar, não ficando em momento algum sem assistência. Foi avaliada pelo médico durante a madrugada e a conduta tomada para o quadro de feto morto é a indução de parto normal, como foi realizado.
Feito levantamento do quadro e estudo de todo o pré-natal da paciente, realizado na Unidade Básica de Saúde São Jorge e constataram-se inúmeros fatores de risco para o triste desfecho do quadro, inclusive fatores de responsabilidade pessoal da paciente.
Entendemos que o quadro de desorientação da paciente, aliado ao importante estresse emocional ocorrido pela situação, podem afetar o juízo de interpretação do atendimento. Mas, em momento algum houve negligência por parte da equipe. Lembramos aos ouvintes/leitores deste veículo de comunicação que nesta Unidade fazemos o impossível para assegurar a saúde daqueles que nos procuram.
Convidamos a população a conhecer e abraçar os ideais desta Unidade que tanto se esforça para atender à população de Senhor do Bonfim e região.

Estamos de portas abertas para maiores esclarecimentos.
Ouvidoria do Hospital Dom Antonio Monteiro

Observe que a nota diz que o médico atendeu a mulher na madruga do ocorrido.


Ps.: Se o médico atendeu a gestante na madrugada, porque então no quadro onde deveria ser colocado o local do óbito, se é que foi no hospital, conta IGNORADO ?



Maravilha Notícias

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