quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Comoção popular contribui para manter médica presa



A indignação popular contra a causa das mortes dos jovens Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, em Ondina, no dia 11 de outubro, contribuiu para a decisão dos desembargadores em audiência pública, na tarde desta quinta-feira (14), no Tribunal de Justiça da Bahia.

Dos quatro magistrados, três votaram contra a concessão do habeas corpus de Kátia Vargas. A justificativa consensual foi a garantia da ordem pública, tendo como base principal a comoção popular. Diante disto, a médica continua no Presídio Feminino da Mata Escura.

Em mais uma manifestação em frente ao órgão, familiares com faixas pediam por justiça. “Se ela sair da cadeia será uma decepção muito grande, pois vai de encontro com tudo o que eu aprendi na vida toda. Acreditei que a justiça é para todo mundo. Tem casos de pessoas que não mataram e estão presas até hoje então porque ela que matou duas pessoas pode sair?”, questionou Maiane Dias, prima dos jovens. 


Em uma das salas do TJ-BA, a movimentação era intensa. Aberta ao público, jovens advogados acompanhavam atentos às declarações dos desembargadores. Dividiam o espaço, as famílias de Emanuel e Emanuelle e de Kátia Vargas. Na saída, a mãe dos jovens, Marinúbia Gomes, vestia uma camiseta com a foto dos filhos.

“Trouxe Emanuel e Emanuelle dentro do meu peito para acompanharem esse momento. Para que eles pudessem ver a justiça sendo feita. O Ministério Público e a Justiça foram felizes no pronunciamento e eu continuo serena, com fé de que tudo dará certo”.

O advogado da família, Daniel Keller, já se prepara para a audiência de instrução no próximo dia 29 de novembro, que definirá a data do julgamento da médica, que deve ir a júri popular. Keller ainda criticou a decisão da relatora da ação, Inês Miranda, que, unicamente, votou a favor da soltura. 

“Ela já está presa para garantir a ordem pública, com base no Artigo 312 do Código de Processo Penal. Respeito a posição da relatora, mas o voto dela está equivocado”.

A comoção popular ainda foi intensa na saída da família da médica do prédio do TJ. Amigos e familiares foram hostilizados por amigos e familiares das vítimas. Munidos de faixas e cartazes, os manifestantes prometeram não esquecer do caso. 


Vivaldo Amaral, que defendia a médica, esteve na audiência desta quinta. Amaral garantiu que levará a decisão para julgamento do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) ainda nesta semana.

Veja as galerias de foto
s

Nenhum comentário:

Postagem em destaque

CONTINUA INTERNADO EM MINAS FILHO DO EMPRESARIO WENDEL DA PERFIL