sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Acuado, MGF chora no pé da Rede Bahia

Denúncias e escândalos que cada vez mais vêm à tona com a abertura da caixa preta do Esporte Clube Bahia, constroem em torno do ex-presidente, Marcelo Guimarães Filho, um beco cada vez mais sem saída e com explicações ainda mais exigidas pela torcida e responsáveis pela intervenção. Concluída no dia 9 de setembro após dois meses em processo - levando à conquista da eleição direta do tricolor e passando à presidência para Fernando Schmitd - a auditoria divulgada esta semana revelou um rombo na agremiação que ultrapassa os R$ 80 milhões. 
 
Neste valor estão embutidos transações milionárias que envolvem cortesias retiradas em dias de clássico e acordos onde o contrato não existe. Desde que fora destituído, MGF sumiu. Sem conceder entrevistas e aparecendo apenas através dos advogados com frustradas tentativas para interromper o que a torcida chama de 'momento histórico' do Clube - se recolheu para não dizer o que, talvez, não tenha explicação diante das 74 páginas do documento que revela um Bahia feito como 'botequim de beira de estrada', cujas negociçaões se confirmavam à porta da rua, à torto e à direita.
 
Mas, nesta sexta-feira (13) - coincidência ou não com a fatídica data tida como a do azar - o ex-presidente tentou buscar a sorte. Bateu na porta da Rede Bahia, afiliada Globo e decidiu falar. Com chamadas que se repetem durante a programação da emissora, algo de 'exclusivo' vem por aí. Será que MGF irá dizer onde estão os milhões? Qual a explicação para aquilo que nem a intervenção conseguiu ainda explicar? 
 
 
Ao que tudo indica, a procura dele pela Rede deve-se ao fato de, na quinta-feira (12), ter havido uma discussão na qual o jornalista esportivo Darino Sena questionou a postura dos interventores em concederem, segundo Sena, informações privilegiadas ao jornal A Tarde, que tornou público, em primeira mão, o conteúdo da auditoria. "Essa gestão não tem o direito de cometer os mesmos equívocos da passada", criticou Darino Sena. "A gestão passada sempre foi criticada por privilégio de informação. agora que os cartolas mudam, a prática passa a ser legítima? (Sic)". 
 
Assim, MGF  - fugindo do atual Bahia e das críticas que o cercam - deu a carta branca à Rede Bahia, para que, agora, não haja 'briga' ou discussão. Enquanto um jogou a poeira no ventilador, o outro agora - na função que lhe cabe - dará a voz a Marcelinho, que busca apaziguar as coisas. Neste turbilhão de envolvidos no que se pode chamar de "a Era Marcelo Guimarães Filho no Bahia", cabe de fato à imprensa buscar as informações e, por quê não, dar espaço as partes.
 
O trabalho difícil fica mesmo por conta do personagem principal. Embrenhado nas cifras que não param de surgir, resta mesmo a MGF apostar na palavra final, pedir ajuda a todos os santos e rezar, ou melhor, sentar e falar no pé do cabloco.

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