sexta-feira, 24 de maio de 2013

Pindobaçu:Consumo de crack se espalha entre trabalhadores de garimpos


O trabalho é cansativo e também perigoso, porque há risco de desmoronamentos. Muitos garimpeiros se entregam ao crack. Um erro que pode custar a própria vida.Um homem sofreu dois acidentes. Em ambos estava sob o efeito da droga. Abandonou o garimpo, mas não largou o crack. “A gente comprava no garimpo mesmo e usava lá mesmo. Dentro da mina”, conta.

Os garimpeiros procuram as pedras preciosas. E quando há algum sinal, eles relutam em deixar o posto de trabalho. Usam o crack na ilusão de espantar a fome e o cansaço.“

No garimpo, a droga vira moeda. Há quem troque uma pedra preciosa por uma pedra de crack. “Eu ia limpando, ia conseguindo, trocava pelo crack”, confessa.

A cidade de Campo Formoso, é conhecida pelas grutas, como a da Barriguda, e também pelo comércio de esmeraldas.Campo Formoso é uma espécie de balcão de negócios do garimpo. A única delegacia da região é responsável por uma área de mais de sete mil quilômetros quadrados.

Nas operações de combate ao crack, os agentes sempre têm dificuldades para dar flagrantes.“Eles estão fazendo a distribuição por vários imóveis, para que seja uma quantidade pequena se for pego. Dificulta o trabalho policial, dificulta o trabalho do próprio Ministério Público, da própria Justiça, em conseguir uma prova mais consistente pra configurar o tráfico”, afirma Felipe Neri, coordenador regional da Polícia Civil - BA.“

É a destruição de muitos pais de família. Depois fica arrependido do que fez. É uma droga maldita”, diz um homem.“A overdose lá é tanta que não tem nem enterro. Em garimpo, não há enterro. Fica por lá mesmo”, ressalta outro homem.G1

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